( FOTOS, da NET )
Cicloamores
Cicloamor ( I )
Oh! Meu amor
Meu estupor.
Socorro estou apaixonado
Desumanizado.
Sou uma pachorrenta
Cavalgadura.
Cavalgam – me o nariz lunetas
Apenas enxergo em frente o resto são tretas.
Cicloamor ( II )
Apaixonado, é vaguear
No chão ou no ar
Ébrio planante
A tudo indiferente
Ora acre
Ora doce
Prenhe de loucura errante.
Cicloamor ( III )
O amor é um monstro de sete cabeças!
Tritura!
Devora!
Mata!
Abandona!
Abençoa!
Cicloamor ( IV )
O amor aparvalha – nos
A todos.
Cegos e moucos
Repudiamos a verdade
Exorcizamos a realidade
E a nossa cara-metade
Fedorento mamarracho horrendo
Torna-se beldade iriante
E empolgante
Cicloamor ( V )
O amor é uma nuvem de encanto envolvente
De uma poção cativante
Que hipnotiza a gente.
Cicloamor ( VI )
Em amores e paixões
Há milhões
De interpretações.
Há cores nas imagens multicoloridas
Há sons maravilhosos nas melodias
Há vibrações estranhas!
Perigos, prazeres, em lutas, em batalhas,
Com coragem e valentia enfrentadas
Nos socalcos, nas curvas
Das paixões loucas
Nos amores desmedidos
Das nossas vidas.
Mas afinal, o que é o amor? Ninguém sabe de facto
Porque é o cúmulo do abstracto.
In , __ Entre o Ter e o Querer , Editorial Minerva Julho 2000
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